quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pensamentos de Osho

Meu pai há muito me aconselhou a ler as obras de Osho, seus pensamentos e reflexões, pois eles serviriam e muito para o meu amadurecimento. Sempre deixei para depois, sempre achei besteira; mas ele estava certo. São ensinamentos poderosos, palavras que são fruto de um estudo complexo em busca da paz de espírito.

No seu trabalho, Osho falou praticamente sobre todos os aspectos do desenvolvimento da consciência humana. Seus discursos para discípulos e buscadores de todo o mundo foram publicados em mais de mil títulos e traduzidos para mais de trinta línguas.

Ele diz: "Minha mensagem não é uma doutrina, não é uma filosofia. Minha mensagem é uma certa alquimia, uma ciência da transformação; assim, somente aqueles que estão dispostos a morrer como são e a renascer em algo tão novo que agora nem podem imaginar, somente essas poucas pessoas corajosas estarão prontas a me ouvir, porque isto será perigoso. Ouvindo, você dá o primeiro passo em direção ao renascimento. Por isso, a minha mensagem não é uma simples comunicação verbal. Ela é muito mais perigosa. Ela é nada menos do que a morte e o renascimento."

De Sigmund Freud a Chuang Tzu, de George Gurdjieff a Buda, de Jesus Cristo a Rabindranath Tagore, Osho extraiu de cada um a essência do que é significativo na busca espiritual do homem, baseando-se não apenas na compreensão intelectual, mas sim na sua própria experiência existencial...

Algumas frases que eu gostaria de destacar:

"Torne-se comum e você será extraordinário; tente se tornar extraordinário e você continuará sendo comum."

" Não tente achar um atalho, porque não há atalhos. O mundo é uma luta, é árduo, é uma tarefa penosa, mas é assim que a pessoa chega ao pico. "
 
"Seja sincero em sua busca. Faça tudo por ela. Ela é a sede de conhecer o original através do reflexo que o torna digno do acidente final: - A Iluminação."
 
Deixe que o riso seja o seu templo, e você se sentirá em profundo contato com o divino.”
 
“Se você realmente ama uma pessoa, dá a ela espaço infinito.”

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Matar o Tempo.


Você pode desperdiçar sua vida facilmente, porque ela é curta demais.

Mas isto é estranho: se você pergunta às pessoas: "Por que vocês estão jogando cartas? Por que estão jogando pôquer? Por que estão tão envolvidas nesse jogo de xadrez?", elas dizem: "Para matar o tempo".

Como se tivessem mais tempo do que precisam. Como se o tempo fosse tão inútil que é preciso matá-lo.

O tempo é a coisa mais preciosa. Quando ele passa, passa para sempre. E nós não temos muito tempo; a vida é realmente bastante curta. Ela passa tão depressa que entre o nascimento e a morte não há um período muito longo.

E as pessoas matam o tempo sem saber que, na verdade, o contrário é que acontece: o tempo é que as mata.

Esses são os sagrados ensinamentos de Osho. Temos que usar o pouco do tempo que temos na terra para fazermos algo de bom, para sermos felizes e fazermos os outros felizes, para encontrarmos a verdadeira paz de espírito para que possamos olhar para trás e ver que não matamos tempo, que nos orgulhamos do que conquistamos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Era uma Vez... Brasil!



Acima um vídeo que me fez pensar e tentar encontrar um motivo para estarmos aceitando tão normalmente tudo o que acontece. Ivan Lins desabafa, e com razão.

Ninguém está mais nem aí se existe corrupção, ou se estão roubando milhões. Os jovens, atualmente, estão cada dia mais ignorantes e sedentários. E acredito que seja daqui para pior. A internet produz pseudo manifestações sem sentido algum, de pessoas que, muitas ou na maioria das vezes, não sabe nem o que está apoiando, mas xinga muito no twitter, facebook, Orkut e até blogger.< (lol)

Na verdade a internet é a grande responsável por tudo isso. E os jovens vão continuar assinando petições em sites que, no fim, não levam a lugar algum. Vão continuar compartilhando coisas como “forma de protesto”. Vão continuar mudando avatar como “forma de protesto” ou algum tipo de manifestação. O que, para mim, não passa de falácia, falta do que fazer e revolta.

Protesto no Facebook não tem nenhuma consequência, serve apenas para deixar meia dúzia de playboys revoltados com algo que sequer eles sabem do que se trata. “Sacou”?

Ivan Lins sabiamente falou que se houvessem 1 milhão de jovens sentados em frente ao Congresso Nacional, certamente, qualquer reivindicação que estivessem pleiteando seria prontamente atendida, porque 1 milhão é 1 milhão...

Derrubaram até um Presidente da República. Pena que não foi na minha época.

O que se sucedeu foi um esforço exacerbado do Congresso em manter o povo ignorante. Para os pobres dar-se-á uma ajuda de custo (leia-se assistencialismo) para que dependam disto e não se preocupem com coisas supérfluas, como educação e busca de uma vida melhor. Para os jovens dar-se-á educação de má qualidade para que não saibam reivindicar nada nem protestar ou ir às ruas cobrar um país melhor, e se dará a internet fácil para que usem seu tempo com outras coisas e nos deixem roubar à vontade, transformando, assim, a corrupção tão normal quanto o futebol. Você apenas fica puto quando seu time perde, mas logo esquece.

Queriam nos ANESTESIAR e conseguiram...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

EU TE CONHEÇO!


Recebi esta estorinha por e-mail de um colega de classe e achei bem engraçado, vou compartilhar.

Num julgamento em Lins, o Promotor de Justiça chama sua primeira testemunha, uma velhinha de idade bem avançada.

Para começar a construir uma linha de argumentação, o Promotor pergunta à velhinha:

-Dona Genoveva, a senhora me conhece, sabe quem sou eu e o que faço?

- Claro que eu o conheço, ! Eu o conheci bebê. Só chorava, e francamente, você me decepcionou.. Você mente, você trai sua mulher, você manipula as pessoas, você espalha boatos e adora fofocas.. Você acha que é influente e respeitado na Cidade, quando na realidade você é apenas um coitado. Nem sabe que a filha esta grávida, e pelo que sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se eu o conheço! Claro que conheço!

O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados. Sem saber o que fazer, ele aponta para o advogado de defesa e pergunta à velhinha:

- E o advogado de defesa, a senhora o conhece?

A velhinha responde imediatamente:

- O Robertinho? É Claro que eu o conheço!
Desde criancinha. Eu cuidava dele para a Marina, a mãe dele, pois sempre que o pai dele saia, a mãe ia pra algum outro  compromisso. E ele também me decepcionou. É preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre quer dar lição de moral nos outros sem ter nenhuma para ele. Ele não tem nenhum amigo e ainda conseguiu perder quase todos os 4 processos em que atuou. Além de ser traído pela mulher com o mecânico... com o mecânico!!!

Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o promotor e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala baixinho aos dois:

'Se algum de vocês perguntar a esta velha sem vergonha se ela me conhece, vai sair desta sala preso..... Fui claro???

História do Direito no Brasil.


O Livro História do Direito no Brasil de Antônio Carlos Wolkmer foi obra de estudo na disciplina de História do Direito neste segundo semestre. Apesar da obrigatoriedade da leitura interpretativa e o famoso decoreba, achei a obra bem interessante, depois de passados os tempos de estudo, pude ler com calma e refletir a respeito. Importante saber como se deu nosso direito.

O autor demonstra, já na introdução da obra, a intenção de afastar-se da construção da história do direito fundada na autoridade, continuidade, acumulação, previsibilidade e formalismo de nossa tradição teórico-empírica.

Entende, assim, questionar o conhecimento dogmático (colocando de lado sua concepção elitista), buscando uma visão sócio-político da história de caráter crítico-ideológico. Há menção pelo Autor da pouca importância dada à disciplina da História do Direito nos cursos jurídicos desde sua formação, resultando em uma literatura, até hoje, formada principalmente de “estudos descritivos e pouco sistemáticos, marcados por um enfoque tradicional e algumas vezes erudito, mas sem uma contextualização crítica maior”.

Nessa perspectiva, há intenção de se “reinventar brevemente a trajetória da historicidade jurídica nacional, quer apontando seus mitos, falácias e contradições, quer evidenciando seu perfil e sua natureza ideológica”, lembrando-se que “a formação jurídica nacional foi sempre comprometida com as classes dominantes, em uma contraditória tradição legal que buscava conciliar práticas ‘burocrático-patrimonialistas com a retórica do formalismo liberal e individualista”.

Enfim, ressalta o autor que não há intenção de apresentar uma obra com uma história completa do Direito no Brasil, “mas uma breve introdução histórico-crítica acerca de determinados momentos”, com a finalidade precípua de se compreender o entrelaçamento entre os processos histórico-sociais, considerando seus avanços e recuos, que determinam a realidade jurídica brasileira contemporânea.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Jorge Viana mente ao se dizer protetor do Meio Ambiente.

Na pressa para a votação, até o fim deste mês, do Projeto de Lei que tenta acabar com a proteção das florestas, foi convocada uma reunião extraordinária da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, para a leitura do último relatório da matéria, feito por Jorge Viana (PT-AC). Segundo o próprio senador, as mudanças que fez “não tinham intenção de desautorizar o que veio da Câmara”. E por isso mesmo, os principais problemas permanecem no texto.

“As melhorias prometidas pelo relator foram insuficientes e não atingiram o principal do texto. Em geral, os mesmos erros graves cometidos pelos deputados foram mantidos, como a anistia, a impunidade a quem desmatou ilegalmente, e a redução de proteção às florestas. O relatório fez a alegria da bancada ruralista, mas com certeza eles ainda vão querer mais”, disse Marcio Astrini, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

O texto apresentado hoje deixa claro que foi feito um grande acordo em torno da proposta ruralista, patrocinado pelo governo e no qual as florestas só têm a perder. A proposta do novo Código Florestal continua agradando apenas aos grandes proprietários de terra, que desmataram ilegalmente e querem desmatar ainda mais.

Os benefícios a quem desmatou ilegalmente vão de abatimentos, no Imposto de Renda, dos gastos com adequação à lei, até a permissão de que desmatadores se legalizem com plantação de 50% de espécies exóticas na Reserva Legal, num prazo de 20 anos. E isso ainda poderá contar como crédito de carbono.

O relatório também permite que compensações de Reserva Legal sejam feitas no mesmo bioma até fora dos estados, e mantém disposições de anistia que colocam num mesmo bolo quem desrespeitou e quem cumpriu a lei.

“O texto continua muito ruim e pelo q vimos hoje, daqui para frente, se algo mudar no senado, deve ser para pior. A presidente Dilma continua sem se pronunciar, acatando o progresso do texto e deixando que o trator ruralista siga sua rota de destruição. Na próxima fase, ela terá que manter sua palavra de veto, ou irá fechar com os ruralistas e quebrar suas promessas de campanha”, concluiu Astrini.

A proposta segue para votação na CMA na próxima quarta-feira e, em seguida, vai ao plenário do Senado. Com as mudanças no texto que veio dos deputados, o Projeto de Lei segue para uma nova votação na Câmara. Por último, vai à sanção da presidente Dilma Rousseff, que prometeu vetar uma lei que provocasse novos desmatamentos. Será?

Fonte: ambiente em foco –  http://www.portogente.com.br

Coordenador de Medicina da UFAC esclarece denúncia.

* Thor Dantas

Há poucos dias uma matéria jornalística publicada em um site de notícias no Acre deu conta de uma denúncia de suposta prática antiética por parte de um(a) acadêmico(a) do curso de medicina da UFAC, e seu professor-preceptor, durante atividade habitual de treinamento em serviço em uma unidade de atenção primária da rede assistencial da capital Rio Branco. Merecem esclarecimentos, para o bem da verdade, a sociedade acriana e os jornalistas responsáveis pela matéria, acerca do ensino da Medicina e da ética profissional, que pode ter sido violada menos pelos acusados que pelos acusadores.

A acadêmica em questão, no último ano do curso de Medicina, conduziu a primeira abordagem, constituída de anamnese (entrevista) e exame clínico no, até então, suposto paciente. Após a abordagem inicial, como reconhece o repórter no debate dos comentários susbequentes à matéria, o professor-preceptor responsável discutiu o caso com o(a) acadêmico(a), supervisionando sua atuação, e se responsabilizou, por fim, pela conduta final.

Do ponto de vista das normas e preceitos da bioética, bem como das práticas correntes de ensino médico em qualquer local do Brasil e do mundo, nada de errado ocorreu. Absolutamente nada. É desta forma que o ensino da medicina se dá em qualquer tempo ou lugar. Como bem assinalou, no debate dos comentários, um experiente e respeitado jornalista local, acostumado à apuração e à denúncia, a reportagem não apresentou nenhuma evidência de prática de ilícito pela acadêmica, tampouco por seu professor-preceptor. A acadêmica não se passou por médica, não falsificou documentos, nem tampouco atuou sem supervisão.

O ensino da Medicina é tradicionalmente dividido em ciclo básico, com duração de quatro a quatro anos e meio, a depender da escola médica, e ciclo clínico ou profissional, denominado Internato, com duração, portanto, de um ano e meio a dois anos. O Internato é caracterizado por intenso treinamento em serviço e tem por objetivo consolidar a formação médica, com a aplicação dos conteúdos teóricos adquiridos ao longo do curso, através da prática intensiva das atividades inerentes ao exercício profissional.

Durante o Internato, os internos de Medicina são ainda habitualmente identificados de acordo com o tempo em que falta para se formarem, e a autonomia é dada de acordo com este tempo, tendo mais autonomia os internos que estão no final do ciclo profissional, comparado com aqueles que recém ingressaram no mesmo. Esta autonomia progressiva, dada pelo professor/preceptor, de acordo com o tempo de aprendizado e o desempenho individual de cada aprendiz, aliás, é característica essencial do processo de ensino-aprendizado de qualquer ofício, como única forma de se preparar um profissional para o exercício de sua profissão.

Não existe problema algum em um acadêmico ao fim do sexto ano de Medicina, às vésperas de se formar, em atendimento inicial, de uma consulta de atenção primária, se deparando com queixas extremamente comuns e que, portanto, ele viu por diversas vezes durante seis longos anos, fazer uma entrevista clínica e um exame físico, antes de discutir a conduta com seu professor-preceptor.

Eu acrescentaria ainda, como médico e professor de Medicina, que o atendimento do(a) acadêmico(a) foi, para além de tudo, tecnicamente muito bem feito. Elaborou hipóteses diagnósticas coerentes com o quadro, ponderou prós e contras a essas hipóteses e propôs uma conduta diagnóstica e terapêutica inicial. Discutiu tudo isso com seu professor-preceptor e, juntos, deram os encaminhamentos julgados pertinente. A condução do encontro clínico se deu com maturidade e postura e, acima de tudo, o(a) acadêmico(a) demonstrou possuir os conhecimentos, atitudes e habilidades essenciais para a prática clínica. Dou de público meus parabéns a(o) acadêmico(a). Terei prazer em chamar-lhe de colega dentro de quatro semanas, pois está absolutamente preparado(a) para o exercício de nossa profissão.

Não quero polemizar com profissionais da imprensa, não ganharia nada com isso, muito pelo contrário. Cada um tem seu papel e age conforme seu juízo pessoal. Mas me ocorre de refletir se o tema da ética não merece questionamento também no sentido inverso. Ao admitir que houve supervisão da conduta da acadêmica e afirmar ainda, no calor do debate, e sob as contundentes manifestações de repúdio por parte dos leitores da matéria, que “quem fez a denúncia foi o (...) fui apenas averiguar os fatos”, responsabilizando sua fonte pelo equívoco, a questão que me ocorre é: ao se deparar com uma denúncia e verificar que ela não procede como informada, o indicado não seria abrir mão da matéria? Ainda que ela tenha um grande apelo, não deveriam os fatos falar mais alto que a versão? Não seria assim que recomendaria o código de ética da profissão? E ouvir a coordenação do curso antes de finalizar a matéria, não seria também atitude recomendada no jornalismo?

A matéria parece ainda cometer um erro grosseiro, embora habitualmente praticado pela imensa maioria, em uma sociedade que só recentemente convive com o ensino médico, ao confundir acadêmicos de Medicina com médicos residentes, estes últimos médicos formados, com registro no CRM, legalmente habilitados ao exercício profissional, pós-graduandos de programas de especialização. Sugere, em tom alarmante, que um grupo de acadêmicos quase teria operado, sozinhos, um paciente, até a chegada do “único médico”, algo tão sem propósito que só pode ser visto em filmes de comédias da sessão da tarde.  Na verdade tratava-se de uma equipe habitualmente vista em qualquer hospital do mundo: médicos residentes em programas de especialização, conduzindo um caso sob supervisão de um preceptor especialista, chefe de serviço, e tendo a volta internos de Medicina, cada um desempenhando sua atividade na equipe de forma hierarquizada, de acordo com as competências. Em uma divisão de tarefas habitual em um serviço médico de ensino, os internos são responsáveis pela história e o exame físico, o residente pela prescrição e os procedimentos médicos e o preceptor pela palavra final nas decisões diagnósticas e terapêuticas.

É previsível que neste processo de ensino, passem por nós bons e maus acadêmicos e residentes, assim como temos bons e maus profissionais médicos, advogados, enfermeiros, jornalistas... nos diversos serviços, daqui ou vindos de todo e qualquer local do Brasil. Isto não é exclusividade de ninguém, nem de nenhum lugar. É do ser humano e sua vastidão. É nosso papel identificá-los e diferenciá-los e dar a cada um seu reconhecimento, punição ou auxílio devido. O certo é que ninguém deverá se passar pelo que não é. Estagiários, acadêmicos, especializandos, pós-graduandos se identificarão como tal, bem como terão seu supervisor-preceptor responsável por seu aprendizado, desempenho e conduta.

À população acreana eu diria sem medo de errar: não temam ser atendidos por acadêmicos e médicos residentes sob treinamento. Isso já acontece há algum tempo na Enfermagem, no Direito, está acontecendo ou vai em breve acontecer com Fiosioterapia, Odontologia, Nutrição, Psicologia, Fonoaudiologia, etc. Isto é bom. É parte do processo do desenvolvimento da Medicina. Desde que optou por construir esses processos de formação em seu estado, a sociedade acreana tem experimentado grande evolução em sua prática médica. Eu que comecei a trabalhar no Acre no serviço de Infectologia, ainda no antigo Hospital de Base, em 1999 (não faz tanto tempo), sou testemunha direta do quão mais qualificada é a prática de meu serviço hoje, com residentes e acadêmicos ao meu lado, no Hospital de Clínicas.

Ninguém está sendo cobaia de nada (outra afirmação de apelo alarmista e desconectada de seu real significado, que visa tão somente causar o pânico), pelo contrário, estamos todos sendo beneficiários do contínuo processo de evolução da prática da Medicina. A existência de ensino agrega qualidade aos serviços de saúde e o aprendiz, de graduação ou pós-graduação, estudando, inquirindo e desafiando a todo momento seus tutores, estimula o desenvolvimento da Medicina como um todo em nosso estado, como o faz em todo o mundo. A Medicina no Acre hoje é melhor do que era antes do ensino médico se instalar em seu território, e continuará a evoluir, dentre outros motivos, também por causa dele.


* Médico. Professor de Medicina. Atual coordenador do curso de Medicina da UFAC

Respeitem o Dinheiro Público!

Muito tem se falado sobre as ocorrências e “fotos” divulgadas da Parada Gay 2011. Nada contra manifestações contra o preconceito, luta por direitos iguais, direitos humanos, isso tudo é salutar. O governo faz sua parte, usa do dinheiro público para fomentar eventos como este, afinal, nada mais justo uma vez que é gasto muito mais com o Carnaval. O problema é que, ao que parece, foi tudo errado.

O LGBT abriu a “Parada Gay” com louvores evangélicos, numa ironia à comunidade religiosa. Já começou totalmente errado, isso só serve para mais preconceito e críticas, e com razão.

A polêmica foto do grandalhão com pênis de borracha e um homossexual lambendo é uma agressão às famílias que ali estavam para se divertir, isso sim é uma agressão, todos acabam perdendo, até quem não concorda com esses tipos de atos que não fazem parte da essência do movimento. Infelizmente nem todos levam a sério.

O pior de tudo é que o dinheiro que banca o carnaval, parada gay é do meu bolso, do seu bolso, do nosso bolso, é dinheiro público, pago com nossos impostos. Só para constar: temos uma das maiores cargas tributárias do planeta.

Quem quer respeito tem que se dar ao respeito.

Foto: Blog do Luiz Calixto