sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cor da Pele é diferente de Classe Social.



Recentemente li o artigo de João Feres Júnior relacionado às cotas para negros em Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) o que me chamou a atenção foi a forma como cor da pele e classe social ou condição sócio-econômica parecem estar entrelaçadas; mas isso não é verdade. Cor da pele e pobreza são variáveis não relacionadas e neste princípio nós estamos ferindo o princípio da isonomia. Não que eu seja contra as ações afirmativas, pelo contrário, essas ações são a luz no fim do túnel para aqueles que não tiveram as devidas oportunidades. Mas a cota para negros é algo que, para um país como o nosso, é totalmente equivocada e ineficiente, apenas aumentando ainda mais a discriminação e pior, midiaticamente.

Existem alguns argumentos que refutam tais cotas como: Crise da identidade nacional brasileira; privilégio da classe média negra; exclusão do branco pobre; ineficiência no combate à desigualdade; imposição de um sistema de identidade binário entre muitos outros.

Primeiramente que uma Ação Afirmativa é a comprovação de falha do Estado e uma tentativa de corrigir o erro, mas se fôssemos aprofundar um pouco mais a questão veríamos um doce toque de política no meio.

Eu gosto de defender a Educação, sempre achei que ela deveria ser tratada como investimento e não como despesa, assim como apoio as manifestações pelos 10% do PIB para a Educação, sempre tentando fazer a minha parte, assinando todos os abaixo assinados que encontro e tentando divulgar o que for pertinente ao tema.

É necessário, na verdade, que o Estado invista lá no começo, os gastos seriam menores e isso é fato. Quando tivermos um ensino básico de qualidade sequer será preciso as chamadas ações afirmativas; mesmo estas sendo tão importantes, acredito que uma visão mais ampla é necessário, tal como priorizar as condições sócio-econômicas assim como as pessoas oriundas de Escolas Públicas o que dá mais responsabilidade ao próprio Estado.

Eu sonho um dia em ver Escolas Estaduais de Ensino Fundamental e Médio em mesmos níveis qualitativos às Universidades Públicas Federais. Utopia? Talvez, mas não custa nada sonhar.

“Educai aos jovens, para que não seja preciso punir os Homens.” – Pitágoras.


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