PM João Dias / Foto: Lula Marques |
O policial militar João Dias Ferreira, delator de um esquema de desvios no Ministério do Esporte, foi preso novamente nesta quinta-feira em Brasília por decisão da corregedoria da Polícia Militar. Ele havia sido detido ontem após ser pego com R$ 159 mil na sede do governo de Agnelo Queiroz (PT), ex-chefe da pasta, mas solto após pagar fiança.
Antes de ser preso em flagrante nesta quarta-feira (7), o policial também agrediu uma assessora da secretaria de Governo, comandada por Paulo Tadeu --um dos principais aliados de Agnelo.
O dinheiro, jogado na mesa de funcionários durante a confusão, está sendo analisado pela polícia, que também investigará a origem do montante. Na confusão, Ferreira atacou também um policial militar que fazia a segurança no Palácio do Buriti, a sede do governo do Distrito Federal.
Apesar de a Polícia Civil ter liberado Ferreira mediante o pagamento de fiança, a corregedoria da Polícia Militar decidiu prendê-lo novamente hoje por conta do ataque ao colega de corporação. "Não tem fiança no Código Militar e encaminhamos o policial para o complexo penitenciário, onde ficará preso até a Justiça se manifestar. Decidimos prendê-lo por conta do laudo do IML e do atendimento ao policial atacado, que quebrou o dedo e ficará pelo menos 15 dias engessado", disse à Folha o corregedor da PM, coronel Jahir Lobo.
Segundo o advogado de Ferreira, ele recebeu "inúmeras" propostas de pessoas ligadas a Agnelo e, na terça-feira, teria decidido aceitar para poder filmar a entrega do dinheiro.
O pagamento seria um "cala-boca" para que o policial não falasse das irregularidades no Ministério do Esporte e os desdobramentos do caso.
Ferreira é dono de duas ONGs que desviaram mais de R$ 3 milhões do Esporte, quando Agnelo era ministro e também na gestão de Orlando Silva --que caiu após as acusações. Durante a crise no Esporte, o policial centrou as acusações em Orlando Silva, sem implicar diretamente Agnelo.
"Ele resolveu então ir devolver o dinheiro e foi na secretaria de Paulo Tadeu, que é quem ele entende que foi a origem do dinheiro", disse o advogado de Ferreira, André Cardoso.
Segundo a assessoria de Agnelo Queiroz, a motivação de Ferreira é "escusa". "Quanto ao secretário de governo, Paulo Tadeu, ele não se encontrava no Palácio durante o episódio. A segurança do Palácio do Buriti abriu procedimento para apurar como se deu o acesso de João Dias ao prédio. O governo do Distrito Federal também vai apurar com que objetivos escusos o policial apareceu nesta tarde, de forma despropositada, no Palácio do Buriti", diz a nota do governo.
Fonte: Folha de São Paulo
Meu comentário: isso já dava para perceber desde que começaram as denúncias. Como não teve o dinheiro da corrupção foi à mídia denunciar. É mais um Roberto Jefferson da vida.
1 comentários:
essa cara é ladão, corrupto e safado....lá na PAPUDA será bem recebido, sem duvidas...
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