Não foi apenas o 11 de setembro de 2001, a mostrar a vulnerabilidade de todos os pretensiosos sistemas de uma inviável segurança abstrata. O terror mostra suas garras. E não é preciso ir muito longe. A delinquência se sofistica, atua com desenvoltura e produz vítimas em série.
A droga mostra sua invencibilidade, pois gera lucro e este excita, atordoa e insensibiliza. Legiões de usuários de drogas ocupam espaços centrais; famílias se desfazem tangidas pelo poder devastador do craque, da cocaína e de outros entorpecentes.
O álcool, droga permitida, prossegue como solvente de lares. Os conflitos fundiários se intensificam. A intolerância ataca minorias e o fanatismo ocupa o vazio fabricado por uma educação em crescente déficit.
O poder público mostra-se ineficiente para atuar. As promessas continuam edificantes. Mas a tragédia continua. As políticas não tem continuidade. A disputa por orçamentos e por poder suplantam as propaladas boas intenções. A educação foca o quantitativo e relega a formação para um lar idealizado, mas que raro se encontra. A família brasileira de hoje continua à procura de um modelo. Para coibir a violência, cuja crueldade é crescente, planos se sucedem, projetos se elaboram, tudo aparentemente em vão.
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