domingo, 29 de agosto de 2010

Tema de hoje: Aborto


Descriminalizar o aborto não significa promover o aborto, mas significa perceber que a via penal não é a melhor forma de tratar a questão. Para compreender o que significa sair da via penal um bom exemplo é o adultério. O adultério deixou de ser crime a pouco tempo no Brasil. A sua descriminalização não implica no seu aceite moral ou que a sociedade brasileira passou incentivá-lo, ou, ainda, que com a descriminalização, o numero de adultérios irá aumentar. O aborto, ao contrário do adultério, sempre será um tema limite. Causa polêmicas apaixonadas por lidar com questões delicadas como vida, morte, pessoa e humanidade. No entanto, tem incríveis semelhanças com o adultério, uma delas é o fato de que é uma prática, apesar de condenada, pouco penalizada.
Mulheres e casais com condições econômicas razoáveis não sofrerão riscos à saúde tampouco o julgamento moral da sociedade, uma vez que isto será feito no silêncio do mundo privado. Apenas para constar: um aborto clandestino feito com segurança varia, em média, de R$ 1.500 a R$ 4.000 reais.
Do ponto de vista prático, a criminalização do aborto, além de não proteger a vida do feto, gera a morte de mulheres e gastos desnecessários para o Estado. O que se quer evidenciar neste breve ensaio é que a via penal não é, neste caso, o meio mais eficiente para proteger a vida, ao contrário. Não se está, com a descriminalização do aborto, afirmando que o feto não tem direito à vida, ou que não é pessoa. O fato é que defender a descriminalização significa, em síntese: a) exigir do Estado outros meios para evitar a morte dos fetos, ou seja, políticas preventivas de educação, acesso à saúde, acesso à métodos contraceptivos, minimizar os índices de pobreza e b) que no conflito entre os direitos do feto e da mulher ou do casal o direito à autonomia desta mulher irá prevalecer. Novamente, não se está promovendo a morte, apenas questionando a nossa prática, afinal, se a vida fosse, realmente, um bem absoluto, não poderia, em nenhuma hipótese, ser preterida por outros direitos, interesses ou estado de necessidade. O que se quer afirmar, por fim, é que o crime de aborto promove mais a morte do que a vida e viola um pressuposto básico da dignidade humana: a liberdade. O Brasil, através da Comissão Tripartite, composta por representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e da Sociedade Civil, objetiva pensar, de forma democrática o posicionamento da sociedade brasileira. O risco é que a hipocrisia das nossas práticas se sobrepunha à capacidade de analisar o problema com praticidade e bom senso.
No fim das contas, as mulheres acabam praticando mais o aborto, indo mais aos hospitais, dando mais gastos ao estado, os cytotecs da vida circulam e dão lucros para certas pessoas com “acessos”. Numa opinião pessoal eu sou completamente a favor do aborto se feito antes da formação total do feto, assim como sou a favor da pena de morte e prisão perpétua, infelizmente o nosso país ainda vive numa hipocrisia gigantesca, tentando mostrar ao mundo o quão bons nós somos e o quão preocupados nós estamos com a vida e todas essas besteiras...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Dicas para se fazer uma boa redação!

1. Não use gírias! Se ligou?
2. Não abrv.
3. Não esqueça de corlar o t.
4. Não esqueca de colocar a cedilha no ç.
5. Depois do ponto use a inicial maiúscula. lembre sempre disso.
6. Seja objetivo e claro, não fique colocando muitas palavras no texto para impressionar quem ler, pois colocando muitas palavras para transmitir uma mensagem, você pode cansar quem está lendo e fazer ele desistir.
7. Evite definir diretamente uma palavra, pois definição é explicar o significado de algo.
8. Não repita a mesma coisa com frases diferentes, ou seja, não reescreva a mesma idéia com outras palavras.
9. Não rime, só quem pode rimar é o poeta. Faça um texto correto, sem nenhum eco.
10. Nunca use a palavra nunca!

By - Marcos Krammer.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vida e morte, uma questão de dignidade...

A vida é sagrada e inviolável sob qualquer circunstância? Ou, ao contrário, só faz sentido manter alguém vivo enquanto houver vestígios daquilo que é a essência do ser humano: suas memórias, suas opiniões, sua relação com o mundo? resulta das incertezas que cercam o sentido da existência humana a nossa perplexidade diante desse tema tão polêmico que é a eutanásia.
O termo “eutanásia” quer dizer, literalmente, morte boa, sem dor nem sofrimento. porém, esse tom bondoso ganhou um sentido desagradável depois que o nazismo “eutanasiou” cerca de 100 mil pessoas, principalmente recém-nascidos, idosos e deficientes físicos e mentais.
até quando é lícito prolongar com medidas artificiais a manutenção da vida vegetativa?
Hoje as UTIs são modernos centros de sofrimento humano só deveria ir para a UTI quem tem esperança de cura e saúde, mas não é bem isso que acontece.
Diante de um prognóstico certo de que não há mais cura para determinada doença, em vez de manter a pessoa indefinidamente presa a uma máquina, seria mais apropriado investir em cuidados que aliviassem as dores e que dessem mais conforto ao doente numa fase terminal.
Tratamento fútil e inútil, procedimentos médicos não estende a vida propriamente dita, e sim geram uma exagerada agonia, prolongando o sofrimento e procurando distanciar a morte.
É nesse período que devemos respeitar o descanso merecido do corpo, o momento da limpeza da caixa preta de mágoas e rancores; é a hora de dizer coisas boas, os agradecimentos que não fizemos antes. É a hora da despedida e da partida.

sábado, 14 de agosto de 2010

In English...

Today i decided to post in English, certainly to train my skills in language and test my thoughts. Life is unfair? Probably yes, at least to me. When i think that all is good things changes and everything around me becomes bad. I have problems, my mind doesn't work as before and have had really bad thoughts that can't be fruitful as the title of this virtual page, sometimes i think that death is the only absolute way to peace ...

Soon... x)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A Mediocridade Musical Brasileira!

Muitos Álbuns lançados mundo a fora, muitas edições especiais e o principal de tudo: A volta dos vinis, com o peso e o Punch de antes, no entanto, com a qualidade digital, então vamos imaginar essa combinação perfeita, quem dera termos acesso a estas preciosidades, o que me deixa mais puto mesmo é que nossas gravadoras estão mais interessadas em sertanejo, pagode, axé-music, coloridos/EMOS e outras aberrações. É incrível a medíocridade musical a que nós estamos submetidos atualmente; os consumidores deste tipo de música geralmente são pessoas limitadas intelectualmente e de gostos duvidosos. E depois afirmam que heavy metal é um lixo, anti-cultural, só barulho, etc. Certamente encontraremos bandas de metal imbecis e acéfalas, pois nem tudo é perfeito, mas o que dizer destes "grupelhos" de pagode que não dizem outra coisa a não ser "te amo", "te quero", "sou corno" (e é mesmo!), "que saudade", etc., e das "dançarinas" de axé que só balançam o rabo mas não sabem articular uma frase correta. Não sou o dono da verdade, nem tampouco livre de erros de todos os tipos, mas acho ultrajante assistir nossas crianças, que nem ao menos obtiveram maturidade suficiente para entender o que estão fazendo, dançar "coisas eróticas" como "dança da garrafa" e "dança da bundinha". E os pais acham isso o máximo! Este mundo está perdido...

Ah e nem vou falar da porra dos coloridos né, acho que nem precisa falar desse lixo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Pais e Filhos: A criação desde o berço!



Se pelas gerações antigas a criança era tratada como um “mini-adulto”, sem direito a desejos e vontades, sem direito a quaisquer cuidados especiais em respeito à sua condição de criança, parece-me que as gerações mais jovens, talvez tenham pecado pelo excesso, no sentido inverso, passando a tratar a criança como um “rei no trono”.
Tudo passaria a ser motivo de trauma para a criança e para o adolescente. Se uma criança apanhava, era castigada, ou apenas repreendida, já se poderia considerar isso como motivo de trauma.
É claro que não estou falando aqui a favor de prática de maus-tratos contra a criança ou o jovem, e isso é uma questão seriíssima que vem sendo tratada com muito mais respeito, nos últimos tempos, graças também a essa transformação social que se operou, e que mereceria outro momento de discussão. Mas, nem de longe, podemos pensar que pais e mães não possam repreender seus filhos. Essa é uma função muito importante no processo de educação. A educação é feita com base no afeto que se transmite ao filho, e com base no limite que se pode dar a ele também. A criança precisa conhecer o amor, a amizade, o respeito e a consideração, mas também, quais são os limites que ela tem de respeitar, entre a vida dela e a do outro, para que ela possa tornar-se um ser humano apto para a vida em comunidade. A atenção e o respeito que devem ser dados à criança não podem provocar uma inversão na ordem das gerações entre pais e filhos. Esse é o pior desserviço que um pai pode prestar a um filho.




Os pais precisam colocar limites para seus filhos crescerem. A criança é um ser com uma quantidade enorme de energia, que precisa, desde cedo, ser bem canalizada. Ela precisa aprender a gerenciar essa energia adequadamente e, para tanto, precisa de um enquadramento e um direcionamento que, principalmente, aos pais cabe dar.
Hoje em dia, também é muito comum ouvirmos que pais e mães precisam ser amigos de seus filhos. Aqui, igualmente, é preciso ter cuidado com a inversão de ordem.
É muito importante que pais e mães possam ser amigos de seus filhos, mas, antes de qualquer outra coisa, por amor a seus filhos, os pais têm o dever de educá-los, de colocar limites, estabelecer proibições. O que se espera de pais amigos de seus filhos, inclusive o que os próprios filhos precisam são de pais e mães mais próximos, mais disponíveis, abertos a escutá-los, a discutir e orientá-los naquilo que eles lhes solicitarem, ou naquilo que os pais entenderem necessário fazê-lo. Mas, precisam igualmente de pais que saibam dizer não, estabelecer o que é certo e o que é errado, e quais os limites que precisam ser seriamente respeitados.
Se os pais se comportam somente como amigos de seus filhos, podemos nos perguntar “quem estará fazendo o papel dos pais em seu lugar?” E esse é um grande perigo, pois a criança e o jovem precisam de orientação adequada e segura, além de alguém que apenas os ouça e os aconselhe como um amigo faria. Precisam, sim, de alguém que funcione como um porto seguro para onde recorrer, quando surgem os problemas e não sabem o que fazer, mas precisam que esse porto seguro seja suficientemente firme e forte para orientá-los quando não sabem como proceder, para repreendê-los quando estiverem errados e para ensiná-los a respeitar a si mesmos, e aos outros, preparando-os para a vida em comunidade.




Quando se inverte o sentido dessa relação, com os filhos colocados em um trono, ou tratados como um rei, e com os pais deixando de cumprir sua função de educadores, as crianças crescem sem orientação, sem limites, sentindo-se sozinhas e desconectadas de sua própria família, sem uma verdadeira identificação com esses pais, pois lhes faltam um modelo forte, seguro e afetivo, que elas possam admirar, seguir, amar e respeitar.
Para educar um filho não há fórmula ou manual que se possa seguir, pois cada filho e cada pai e mãe são únicos em sua natureza. Todos precisam ser respeitados. Nós escolhemos com quem vamos nos casar, de quem vamos ser amigos, mas não escolhemos nossos filhos e nossos pais. Apenas temos que conviver com eles, e essa convivência nem sempre é fácil. Porém, uma coisa é certa, e precisa ser lembrada: Educar é também frustrar; é dizer não e contrariar a vontade do filho, quando necessário. Não há como escapar disso, sob pena de o próprio filho sofrer as consequências em sua saúde física e mental. Não há como ser bom pai ou boa mãe só esperando serem amados por seus filhos. É preciso, muitas vezes, suportar a frustração de ser odiado por seu filho num dado momento, para o próprio bem dele no futuro, ainda que isso, na maioria das vezes, custe muito caro aos corações dos pais e mães.