segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vida e morte, uma questão de dignidade...

A vida é sagrada e inviolável sob qualquer circunstância? Ou, ao contrário, só faz sentido manter alguém vivo enquanto houver vestígios daquilo que é a essência do ser humano: suas memórias, suas opiniões, sua relação com o mundo? resulta das incertezas que cercam o sentido da existência humana a nossa perplexidade diante desse tema tão polêmico que é a eutanásia.
O termo “eutanásia” quer dizer, literalmente, morte boa, sem dor nem sofrimento. porém, esse tom bondoso ganhou um sentido desagradável depois que o nazismo “eutanasiou” cerca de 100 mil pessoas, principalmente recém-nascidos, idosos e deficientes físicos e mentais.
até quando é lícito prolongar com medidas artificiais a manutenção da vida vegetativa?
Hoje as UTIs são modernos centros de sofrimento humano só deveria ir para a UTI quem tem esperança de cura e saúde, mas não é bem isso que acontece.
Diante de um prognóstico certo de que não há mais cura para determinada doença, em vez de manter a pessoa indefinidamente presa a uma máquina, seria mais apropriado investir em cuidados que aliviassem as dores e que dessem mais conforto ao doente numa fase terminal.
Tratamento fútil e inútil, procedimentos médicos não estende a vida propriamente dita, e sim geram uma exagerada agonia, prolongando o sofrimento e procurando distanciar a morte.
É nesse período que devemos respeitar o descanso merecido do corpo, o momento da limpeza da caixa preta de mágoas e rancores; é a hora de dizer coisas boas, os agradecimentos que não fizemos antes. É a hora da despedida e da partida.

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